23.6.10

de fato, você me afeta.

Eu deveria entregar? Jogar tudo fora porque o que conheço é o que quero desconhecer? Já não sei mais, prefiro me argüir em atitudes devassas. Sem pressentimentos, ressentimentos ou supostas frustrações futuras. Existe um problema: corto-lhe logo a cabeça. Pelos pés, pelo peito e no seio da sua face que marco, reencontro e só vejo onde estou e te tenho.
Retiro-me, não faço com que eu perca os pinos na atenção. Sigo, proponho confronto e desconforto, é áspero, eu sei, mas também sei do que suporto. Eu não te suporto, não suporto te suportar tanto. Prefiro tua presença forte, tua voz grave, teu toque doce. Na pele, epiderme, cheiro tua palavra.
Já estava saindo, e os músculos se negaram a contrair. Escorreguei. Falhei. Previ errado, e como nada combinado e demasiadamente, me entreguei. Até onde? Até quando? Eu prefiro nem pensar.

Claudilene Neves

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