7.4.10

Dos dias

Já não sei mais o que aconteceu com os dias, hoje mesmo era ontem (?) Isso às vezes complica não só o pensamento como sentimento também. Não sei mais para onde as coisas vão, porque vem, porque estão. Gostaria de segurar um pouco mais desse “sabor” no meu tato. Anda difícil engolir tudo assim, tão depressa, às vezes tão amargo.

O que fazer dos dias? Das histórias? Já não sei. Talvez lembrar do passado como passado, seja um bom começo. É que não ando conseguindo viver o amanhã sem pensar no “daqui uma semana”, ansiedade? Talvez. Engulo seco, e nessas alturas já “como” café. Não durmo. Quanta pressa. E depois eu penso, quanto lamento, quantas idas, voltas, quantas motivos e revoltas. Arde. Não sei se é da vida ou do vinho.

Esses giros, esses retornos. Quero olhar para o comando e dizer o que é de quem. Passar um pente fino nas minhas idéias. Chega de procurar lixo, eu já preciso de restauração. Está muito cedo e muito tarde, eu me perco. Duvido até das horas do relógio. Não me prendo, eu me abuso, bagunço dias e noites, as coisas estão fora do lugar.

Sei do lamento, da vida também sei. É inevitável, também sei. E sei que se não fosse da fé, já não sei mais então o que seria.


Claudilene Neves – 08/fev/08

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