24.2.09

tá bordado.

Tem um soluço preso na garganta
Assim como um instinto desgarrado
Uma vontade de um anonimato presente e passado
Existe solos de solitude,
E existe a solução do desejo
Um pedido do tamanho da culpa
Uma culpa sem dono,
Num trono, sugo a idéia de
que deva ser e do que foi
Na realidade fui mais do que pude ser,
Na realidade sou exatamente o que posso ser
Aprende menina, que certas coisas é de vida
E que certas é de sofrer.
Borda menina, riscos que é de se bordar
Fala menina, e aprende
que certos é de se correr
Abra os olhos menina,
tem certas coisas que é de se fazer,
Mas há certas outras menina, que é só de viver.
É menina, certas e tantas outras
a gente nem vai querer saber
Sem rima, nem clima,
Sem rima, na cama vazia,
num canto do quarto, sem luz, sem som, sem luar, sem café,
sem Vinicíus, nem Lou Salomé.
/
Claudilene Neves

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