24.2.09

É! Fevereiro de 2000 e nove

Não me acho uma pessoa muito mais interessante, e talvez seja daí a origem do meu cansaço. Sabe aquele espaço agora que vive sem entrelinhas? To assim, mediante à pequenas frases, a contextos com analogias, que vão e vem, assim como um círculo, que dançam no meio das minhas fases, muito bem definidas. Digito rápido, porque de repente se elaboro demais, esqueço. De repente, se elaboro demais mudo de idéia. Depois que aceitei que certas coisas acabaram, depois que aceitei que certas coisas mudaram, e depois que aceitei algumas coisas, e agora, estou atrasada? Adiantada, talvez. E aonde parou o relógio parado? Meus textos imensos, as minhas alegrias, meu existencialismo de madrugada, um café barato, “o começo de tudo”, onde mora meu passado se não no futuro? Onde eu moro além de mim? (eu, eu eu, eu) sempre eu. Meu texto, meu. Minha frase, eu. Minha história e eu, eu, eu, eu, ... e se eu fugisse, mudasse de lugar desesperadamente pra desencontrar de mim? Quebrei tantos espelhos. As máscaras dão a liberdade – seja nesses dias o que jamais você poderá ser. Seja nesses dias quem realmente é.
Seja nesses dias qualquer coisa que não é.
Já não sei mais, de onde é a origem da palavra.
Já não sei qual é espaço que da origem ao meu cansaço.
As fotos, alguns não estão. Nas fotos, o olhar mudou.
As fotos, algumas na parede, rasgou.
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Claudilene Neves

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