4.2.11

Adolesci

Não sei viver por causas infinitas e as finitas me consomem. Tenho vivido um momento de solitude + nostalgia, impressionante. Comum? Talvez, mas não em tamanha proporção. Me despeço e destruo movimentos presentes, soluções que moram no passado tem me assombrado pela janela do quarto de vestir. Som, ruído, e camomila. Camomila pra acalmar, a alma, o verão e as letras dos jornais.

Não sei dizer nem mais, nem menos, nem desculpas ou culpas. Vivo os dias, conto as notas, me despeço das certezas. Não é maio, e é impuro. Pura fuga. Fuga indolor.

Às vezes acho que o tempo nunca passa pra mim, as vezes outra, acho que não posso acompanhar sua velocidade quando tenta me comer pelas beiradas.

Mas tudo bem, no máximo e no mínimo, certezas ficarão presas na dispensa de casa. Caso com ilusões, e moram estrelas no céu da minha boca.

Eu acho, realmente, que adolesci! De novo!


Claudilene Neves

Nenhum comentário:

Postar um comentário