23.8.09

e sobretudo, confesso

Perdi a paciência de escrever poesia.
To de prosa em prosa catando versos caídos
No chão, atrás das portas.
Alimento meu silêncio
Alimentando ar suspenso,
Tudo porque sinto tanto.
Ouço sobre amor e me gasto.
Tanta felicidade repentina, estranho.
Deve ser daquelas infelicidades,

guardadas debaixo de pratos quentes
De sopas de letras escrevendo textos,

em prosa, compasso, e verso
Ouço sobre amor e me calo.
Sentimentos correm por mim,

são só fortes flashs
Amargo sentimento
Retardo constrangimento
Mas se ousar um tanto soltar o ar
Mas se ousar, fingimento.
Ouço sobre amor e me fecho.
Ouço sobre a dor e falo.
E sobretudo, ainda confesso.

.
.
Claudilene Neves
.

2 comentários:

  1. "Ouço sobre amor e me fecho..."

    Lindo, querida!

    Adorei, estou seguindo seu blog, para ler sempre.

    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Com todo perdão da palavra: - CARALHO!!!

    ESta, se não fosse tua, seria minha!! Me li!! Perfeito!

    ResponderExcluir