9.7.09

é de bem ou de maU?

Bem que me pediram pra deixar aberta, ou entreaberta que fosse, a janela,
o sussurro da palavra, o suspiro gasto, meu sonho devasso.
Bem que me advertiram sonhar, semear noções das sensações de tempo e espaços,
Bem que desejaram que eu ficasse perdida ou desorientada
de mim, aqui prum lado desconhecido, de um pedaço da mente,
que eu ficasse descrente só por mais um segundo.
Bem que me fizeram escrever poesia com as palavras bagunçadas
e bem como disseram que já não sei se me afeto tanto
por excesso do fato ou do afeto, ou pela cerveja que esquenta
toda vez que penso no tom, ou pelo café que esfria toda
vez que escrevo sobre ti. Já me perco se derrubo em fatos
os teus atos mais bruscos, me interpreto, e me projeto da maneira
com eu possa desvencilhar das coisas que fui,
das coisas que sou, das coisas que jamais serei.
Bem que me olham, e não aceitam as minhas condições
Bem que me despejam e não aceitam meus refrões
Bem que avisaram, que de previsto, só minha imprevisão.

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Claudilene N.
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2 comentários:

  1. ...e a cada verso uma nova energia. Transformando, misturando e fazendo poesia.

    Desmanchando, reformando,
    fazendo vitrais de igrejas.
    Vitrais que não falam de Santos,
    Mas de sentimentos.

    Essa é minha amiga Claudilene Neves.
    Seus textos me são intrigantes.
    Complexos, como uma galeria em túneis. Um convite aberto para seu infinito particular!

    Que de infinito se enche de tudo de bom que te desejo.
    Um beijão!
    Adoro-te.

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