1.2.08

quase tudo

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"Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho vestidos noturnos, que amargamente inventei."
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De repente música incomoda! Eis aqui uma atitude normal pra uma apaixonada pela sonoridade? É claro que não. Nem ao menos eu que desequilibrada estou, tenho respostas corretas pra uma mente em trajetória de decadência particular. Não pretendo iniciar esse texto como quem inicia mais um poema cheio de diarréia verbal. É, sinceramente pretendo e surpreendo a tais leitores, que hoje não é dia de mais um lindo poema, ou de mais um comovente texto daqueles que escrevo relatando minha virtude de querer estar sempre viva, cada dia mais, e mais e mais outra vez! O que se passa sendo realista o mais possível (até mais do que sou normalmente) é que me encontro em “decadência comportamental”, é isso mesmo! Pra mim chega de descobrir motivo pra todos momentos, frase pra cada questão, questão pra cada acontecimento.
Estou em dieta espiritual, reforma mental, e psicose emocional. Não sei mais! Talvez eu até mesma, deva ir ao supermercado comprar um chá e me acalmar, assim por mais umas 5 semanas de noites seguintes... ou encarar os fatos como são, enfrentar as péssimas notícias e com certeza (assim como toda manhã) chegarão! É! Ainda, muito difícil lutar contra o meu passado, afinal de contas ele é meu, meu, MEU! Algumas pessoas, algumas vezes tentaram me proteger dele, mas talvez você saiba como sou, defendo tudo que esteja sob meu domínio. Fato ridículo, fato fictício, fato, apenas fatos... Sabe, sou apenas mais uma garota, e mais uma história daquelas que com certeza não daria um livro que chegasse a ser um best seller. No máximo serviria para algumas pessoas, se assim eu contasse da forma como eu a vejo. Mas sabe o que dói, lá naquele fundinho que a gente sempre menciona quando está de porre melancólico e crise existencial? Se eu contasse minha história do meu jeito seria algo, mas se eles contassem da forma deles, quem gostaria de ler? Certamente, eu não seria mais uma leitora. Hoje cheguei em uma conclusão que está cortando até agora, -“será que eles me amam, ou amam quem eles pensam que sou?”
Hoje com toda certeza, ponho-me a pensar mais do que nunca em tudo que vivi, escrevi e tracei nos últimos e exatos 19 anos, 2 meses e 8 dias! Foram anos, meses e dias com toda certeza com uma busca incessante de algo, uma procura sem fim, uma sede de infinito uma fome de conhecimento, verdades da alma. Não quero ser nenhum pouco ingrata comigo mesma, e nem com quem me ajudou a escrever todo este roteiro. Ainda continuo dizendo pra quem queira ouvir, eu faria exatamente igual até as coisas mais tristes, eu faria TUDO IGUALZINHO do início ao fim, a idéia é crescer! Eu apenas quero ser aplaudida na hora que chegar aquela hora, é... é aquela hora sabe, o fim de tudo, a certeza da vida!... Com toda certeza não sou das pessoas que menos penso nela... Aliás ela me assusta a cada dia mais... Eu juro, posso confessar as vezes eu gostaria de poder escrever sobre estrelas, corações e você! Mas mentiria dizendo que “isso” seria eu. Eu me aborreço fácil demais, me perco fácil demais, me torturo demais, mas as vezes acho que me recupero fácil demais também. E isso é o pior da história. Hoje estou escrevendo assim sem rumo, com o único propósito de encontrar o caminho certo, a palavra certa, o texto certo. A minha alma está totalmente ouriçada hoje. E eu me encontro em estado dispersivo mental... por simplesmente não saber pra onde ir, por simplesmente não ser capaz de me emocionar tão facilmente como na adolescência, é exatamente aquela que não muito aproveitei, não da forma que vejo hoje. Hoje só consigo pensar o que estarei pensando no inverno da vida? Inverno da vida, não suportei ao ouvir isso em algum lugar, que com certeza era dramático. Eu só gostaria de escrever um livro, viver uma história, ter problemas reais, saber resolve-los e sinceramente, não me sentir desamparada quando eles fossem embora. Eu não quero fazer parte da geração “continua o drama”, não quero fazer parte desse drama, não quero ter um drama, na verdade não gostaria que o livro fosse de drama, EU NÃO GOSTO DE DRAMA! Até que enfim, alguém aqui dentro gritou e disse não ao inverno! Aleluia dramáticos e dramáticas, o meu inverno esquentou, depois de muita, muita e muita escuridão, eu esquento no sol, sabiam? Há – há – há pra todos vocês! (risos incessantes).
Bom, por onde vou continuar mesmo? (...)
Sabe quando você de repente olha pros lados, pra dentro de você e sente como se você tivesse desmembrado em um monte de pedaços, partes, papéis, e páginas... muitas páginas! Acho que sou isso, páginas intensas, repletas de palavras, de frases, de vontades, de sonhos que batizei como metas... metas! Deus! Preciso de continuar esse roteiro, foi tão complexo chegar aqui, quantas vezes parei no meio do caminho pra pensar,...
Não me sinto mais, deprimida, doente, sozinha, dramática, me sinto assim, “do mundo” vivo o que faz realmente parte da vida, as vezes corta saber que metade das páginas eram ficção, mas um punhado delas eu mesma escrevi, agora me apaixonei por histórias de verdade, agora me apaixonei! E isso dói! Que nem faca de gelo no peito! Saber porque, fazia parte da ficção! É, é que eu as odeio sabe?!
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Claudilene Neves - Julho/2006.
Esse é dos antigos, ...
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