27.12.07

O medo. O medo porquê.

Porque sempre esperamos um final feliz? Uma melhor forma pra acabar independente de como tenha começado. Me machuca, me preocupa a frouxidão nos abraços, a distância das mãos, o silêncio, o barulho, o conforto (o desconforto também). Às vezes não sei escrever, o que quero escrever, meio que debruça sobre mim e não gosto. Eu gosto de estragar, não gosto quando vem estragado, me falta o prazer da fala. Há algo morando dentro de mim que não me pertence, há tanta coisa minha que não mora mais aqui em mim, foi-se, sem explicar, sem hesitar, sem, sem nada... São só escrituras, escritas, sentimentos. Estou como final de filme mal feito, que a gente não entende, fica passado, perplexo, quer mais, quer entender mais, e de repente a legenda passa, a trilha acaba, e fica tudo assim – escuro – sim! Tenho medo, nem fico vermelha de falar, tenho medo desse mais do mesmo, desse hoje virando ontem, desse amanhã, que sabe se lá. Passei perto de coisas muito importantes, vez ou outra lamentei, briguei, chorei. Vez ou outra não apareci, me desfiz, me empolguei e me ocultei. É só o anonimato, é o conforto que me preocupa e depois desconforta. Tirei as peças do lugar, agora já não sei mais onde procuro. “Roubaram” algumas de mim, dizem que foi o tempo. Fotografias têm feito parte da maior parte do meu terror. Os olhares mudam. As expressões também. Alguns não estão nas fotos mais. Ano que vem talvez outros não estejam também. Isso me traz a pulsação forte e triste. Sim! Eu tenho medo! Tenho medo de não e s t r a g a r !
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Deus! Livre-me sempre desse mais do mesmo!
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d e Claudilene Neves.

Um comentário:

  1. Textos que você não lê, apenas. Dilene seus textos são algo que você para, esquece que existe ruídos, tenta entender, e aprende, e entende.
    Gosto d+ mesmo!
    Por favor,
    escreva um livro!
    e me dê o primeiro!
    ^^
    Te amo Dilene!
    Escreva mais!
    mais!
    mais!
    Agora te escravizo em nome da literatura!
    hahahaha!
    BJS!

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