tag:blogger.com,1999:blog-7597685915824356622024-03-19T00:59:59.649-03:00A toca do coelhoA toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.comBlogger195125tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-88448048633078440072011-08-15T02:44:00.000-03:002011-08-15T02:45:43.824-03:00185,5 dias<p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Apenas existem épocas que transcendem, o tom, a cor e imagem. É intrépido e egoísta atravessar a primeira parte do ano. Os outros cento e oitenta cinco dias e meio que passam pra cá, são quentes, tênues, com textura firme e dócil. Um sol, uma canção, com amor e muito tesão. Desses que duram antes do sol aparecer, e acabam, ... na verdade nunca acabam.</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Claudilene Neves</p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-19600480183518717992011-08-12T03:15:00.001-03:002011-08-12T03:16:27.636-03:00Por enquanto, renasço<p class="MsoNormal">Estou contando para você</p> <p class="MsoNormal">Estou cantando sobre você</p> <p class="MsoNormal">Estou vivendo, de alma apertada</p> <p class="MsoNormal">Estou partindo e continuo sentada, </p> <p class="MsoNormal">Parto dança, parto que me cansa</p> <p class="MsoNormal">Um olho na frente, o outro no umbigo</p> <p class="MsoNormal">Me ligo, desligo a TV, reparto, parte, traço e o lago.</p> <p class="MsoNormal">Duas fases, dois eus, dois teus, dois meus.</p> <p class="MsoNormal">Que agora, pra passar o tempo, agosto parte e quebra no setembro</p> <p class="MsoNormal">E tudo volta a minha volta.</p> <p class="MsoNormal"><span> </span>Métricas, eu não sei.</p> <p class="MsoNormal">O seu olhar, eu liguei.</p> <p class="MsoNormal">Mas sei que faço parte do seu ato, e do teu fato que tanto te assimila</p> <p class="MsoNormal">O mundo que roda torto</p> <p class="MsoNormal">O sono que investe solto</p> <p class="MsoNormal">Reencontro, recomeço, e por enquanto renasço</p> <p class="MsoNormal">Traço novas palavras</p> <p class="MsoNormal">Descanso em novas etapas</p> <p class="MsoNormal">Revido, revivo, recrio</p> <p class="MsoNormal">Faço arte durante o dia e (por hora)</p> <p class="MsoNormal">Ainda renasço durante a noite ... <b><i>[continua]<o:p></o:p></i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i>-</i></b></p><p class="MsoNormal"><b><i>
<br /></i></b></p><p class="MsoNormal">Claudilene Neves</p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-92144598480344498702011-07-11T21:27:00.003-03:002011-07-11T21:39:36.056-03:00Eu me rendo<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Meu canto que antes alto e meso-agudo entalou na garganta. Era da dor, da fala e da calma, um antes progredido de chances, sempre tão inocentes <span class="Apple-style-span">– não que não sejam mais –</span> não transbordam, afetam e colorem. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Porque às vezes é da necessidade de ir no fundo, respirar o sufoco e voltar à superfície, procurando sentido, tom e cor – as vezes da certo, as vezes o fôlego não volta. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Saudade e nostalgia se transformam em ligações ímpares de <i style="mso-bidi-font-style: normal">solitude </i>e vontade, do sagrado e do secreto, do que é, <span style="mso-spacerun:yes"> </span>do que já não é mais. Coisas que ficarão só na fotografia, coisas que não cabem na fotografia. É real e forte, colorem manhãs em fins de tarde, vontades em sentidos abstratos. Consumo fogo e desperdício. Desperdiço vontade e coragem. Covardia patética. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Se hoje, me enterro de vontades, ontem pré-ocupações de só sentimentos, que se chocam e costuram na carne, na alma e no som. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Eu gosto do gosto amargo. Eu gosto do imprevisível que me aborda, eu sinto muita falta do confortável. Imito, reflito e me engano. Transporto de <i style="mso-bidi-font-style: normal">tete à tete</i>, como se fosse possível viver só, em paz e com limites: de sentimento, envolvimento e solidão. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Eu gosto do gosto forte. Eu gosto do previsível que só eu abordo, e então sinto falta do desconforto. Repito e me frustro. Transporto à distância, como se fosse impossível viver junto, no caos e sem limites: quero é envolvimento, sentimento, e nada de solidão.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Então, eu me rendo – eu sou uma fraude – ...</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span">Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-74458145607131566862011-07-05T21:06:00.001-03:002011-07-05T21:06:36.192-03:00Eu pago alguém!<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p><span class="Apple-style-span" > </span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Eu vou pagar alguém: pagar para apagar essa ansiedade, esse anseio de tanta coisa ao mesmo tempo. É nesses momentos que percebo como as coisas se grudam uma nas outras. Embolo a dança da vida, a necessidade da rotina eminente que assombram esses dias de antibiótico (anti-vida). Não é só do mal estar, é do mau estar, da rodinha de sabores entre o que há por dentro e o que há por fora. Eu me esqueço da melodia toda vez que me perco olhando para o céu da minha boca, conto contos, conto moedas, pago alguém pra viver. Não quero dissimular as verdades presentes, e quero ganhar de presente no próximo final de semana, um abraço, um afeto e um contrato. Quero envolver situações já vividas e transcorrer com ideias ainda surpreendidas (por mais incrível que isso teça). Na terça, peço paz, sol e calor, e se for possível, mas só se for muito possível: um novo som, uma nova sombra, uma nova cor e um novo amor – daqueles que fazem a gente acordar antes das seis sorrindo, e deitar antes das 23h sonhando!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p><span class="Apple-style-span" > </span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-85550655283368154572011-06-27T23:06:00.000-03:002011-06-27T23:07:35.483-03:00Eu me conserto / Eu me concerto<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Ok! Ok! Então vamos escrever. Falar sobre os fardos e as falhas, sobre o final de semana incerto, e desse deserto fadado de rotina; - mas que chato: terei de pensar nisso por alguns dias a fio. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Que solidez esse macio que perdura no sentimento, essa vontade inchada de escrachar movimentos involuntários de solitude – nada, solidão não, sai fora! </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Complexo sentido – um quase sorriso, um quase amor, um quase completo.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Um total. Um total sentido do sorriso, um total amor pela intensidade, um total de quase completo. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Talvez compense pensar em jogar tudo<span style="mso-spacerun:yes"> </span>no meu olhar, guardar, reprogramar, divergir. Beber o estafo com leite e café, e te contar da prosa, da música e da dança – aquela que nunca se dança (mas que não me cansa e nem me pesa) – na verdade o que quero, é me animar.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Com prosa qualquer, bossa que vira samba, tarde que encanta e esquenta na mesma proporção: um sorriso, uma fé, um amor (quase que passageiro), uma dor (quase que intensa).</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >E eu descrevo com pressa: dois passos pra lá, dois passos pra cá. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Eu me conserto. Eu me concerto!</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p><span class="Apple-style-span" > </span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-81348742825742465782011-04-22T13:47:00.001-03:002011-04-22T13:47:43.557-03:00de mim para eu<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Sabe que subo por dezenas desses dizeres teus. Alguns espelhos transformando teus sambas de salto agulha, sobre meus movimentos menos seguros. Não me asseguro, nem me limito em ser só o que posso, ou não posso ser. Não me imito ou me indigno que pouquíssimas tendências falam sobre nossos momentos de interrupção. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Insisto e me magôo. Mas ok, tudo não passa de visitas à francesa e saídas de supetão. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Desisto, mas ainda quero te dizer um monte ... Quero repetir refrões, esvaziar tantos porquês e apagar tantas reticências que sobram e assombram esses momentos infantis, mas te incomoda mais que me incomoda.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Minhas frases de efeito, minhas longas fases e meus defeitos tão bem latentes passando a mão nas minhas qualidades pouco valorizadas no momento.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Tem um vazio gritando em eco, e tudo não passa de insegurança e medo. Uma sequência unilateral de fome e ânsia do que pode e não pode repetir. Eu movimento, comento, argumento e não vejo mais tua bandeira, que por costume era sempre porta de ti.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Não teima, toma os remédios, enfrenta os porquês e não desacostuma das reticências, não põe em desuso as exclamações e os vícios de falar de você e dele, simultaneamente. Na verdade um traço e outro se misturam com alguma facilidade.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Mas é preciso de coragem, aceitar que certas coisas não servem mais, amarra-las dentro de um saco e jogar na solitária; mas retornando de lá e ainda ter fôlego para suportar que certas outras sempre servirão e nunca serão amarradas, e exportadas pra longe de você. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Não é esquecer definitivamente, é encarar definitivamente. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Afinal, é sempre o que a vida quer da gente, só coragem. E bota só nisso. </span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-32864663878946648012011-03-18T15:24:00.001-03:002011-03-18T15:27:38.678-03:00Fora de costume<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Eu gostaria de desocupar a cabeça assim como quem limpa a caixa de e-mails, ir deletando lixo por lixo, ou essas correntes inúteis e mentirosas que nos repassam. Ah! Mas a cabeça vem me pregando cada peça sem graça, que nem o canto da boca se meche mais..</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Devia mesmo é mudar o rumo, o endereço, a cor preferida, não o cabelo que pouco sobrou, do muito lugar desocupado do meu corpo (que ainda bem) vem se convertendo à normalidade. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Trocar seguros por ousadias, inverter tranqüilidade por mais nasceres de sol do que por do sois no lago, ouvindo a lentidão das águas, e a mansidão dos alternativos rocks que me acompanham desde adolescência. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Talvez eu deveria me posicionar de maneira diferente, mais ansiosa, mais volátil, menos determinada e segura, talvez devesse ser o que agrada aos outros, talvez devesse me submeter ao um destino cruel, daqueles que tem medo de contar histórias.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Mas há certas coisas que a gente já nasce sabendo ou já nasce evitando, não sei. Só sei, que há partes que suplicam com sangue nos olhos pela mudança, há certas outras, como a teimosia que insistem em não sair daqui. A parte do quero mais, mais, mais, mais, mais, cadê o limite, cadê eu, cadê você?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >São fatos esperando rimas, e eu sempre posta com os pontos e contos de mim e o mundo, de mim e os eus, de deus os outros. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Vai lá, nada é concreto, e daqui uma semana, meu texto já mudou outra vez.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Tudo bem, ... acostumar. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Acostumar? Que nada!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-77169672841548724022011-02-04T16:54:00.000-02:002011-02-04T16:55:10.592-02:00Adolesci<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Não sei viver por causas infinitas e as finitas me consomem. Tenho vivido um momento de solitude + nostalgia, impressionante. Comum? Talvez, mas não em tamanha proporção. Me despeço e destruo movimentos presentes, soluções que moram no passado tem me assombrado pela janela do quarto de vestir. Som, ruído, e camomila. Camomila pra acalmar, a alma, o verão e as letras dos jornais. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Não sei dizer nem mais, nem menos, nem desculpas ou culpas. Vivo os dias, conto as notas, me despeço das certezas. Não é maio, e é impuro. Pura fuga. Fuga indolor. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Às vezes acho que o tempo nunca passa pra mim, as vezes outra, acho que não posso acompanhar sua velocidade quando tenta me comer pelas beiradas.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Mas tudo bem, no máximo e no mínimo, certezas ficarão presas na dispensa de casa. Caso com ilusões, e moram estrelas no céu da minha boca.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Eu acho, realmente, que adolesci! De novo! </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><i>Claudilene Neves</i></span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-72834465395853777132010-12-31T19:38:00.003-02:002010-12-31T19:44:54.263-02:002011, venha sem vergonha!<span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; " ><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Porque na verdade o ano que chega, chega manso bem atrás da nossa orelha, dizendo que é novo, joga charme e promete um monte. Um monte de novidades, um monte de verdades e emoções. Já já a gente acredita e cai na lábia dele, espera que seja novinho em folha, que é só rasgar o papel, tirar de dentro do 1º de janeiro e usar, sem moderação, é claro. Frustração. Totalmente, óbvio. Tem que ler<span> </span>o modo de usar, minha gente!</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Abuse. Ouse. Use. Faça, com o próprio punho, corpo, mente, vontade e muita, muita coragem.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Que tenha saúde, verdade, e suspiros profundíssimos, de preferência.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Aproveite a oportunidade do calendário, e amanhã quando usar o de 2011, cheirando a papel novinho, não esqueça que se você quiser, da sim, pra fazer coisas novas, boas e incríveis. Não só amanhã, mas hoje e sempre.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Caminho, vida e muita perda de fôlego pra você: hoje à noite e nos próximos 365 dias que virão!</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Feliz 2011. Feliz Ano todo!</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Te abraço e te beijo, estalado!</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Se cuida e cuida da ressaca, hein? ;)</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; "><br /></p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; text-align: justify; ">Claudilene</p></span>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-24680533309848911002010-12-29T00:17:00.000-02:002010-12-29T00:18:02.783-02:00Fragmento de um quase final de ano<p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" >Só por hoje. Esse vazio quebrando o vício dentro de mim. Excesso, falta ou peso? Peso demais agüentado nos últimos 363 dias deste ano. Peso sobre os pés, peso sobre as costas, peso sobre as faces, sobre as falas e sobre as faltas. Presa nos dias. Para de prosa fiada pra pagar daqui um mês. Dessa vida quase vida, entupida nos dias. É vício e virtude. Que te quero é fato, e te busco no ato. To com sede afetiva, e ainda continuo insaciável (...)</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" >.</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-63481095785308509032010-12-28T19:28:00.004-02:002010-12-28T19:33:02.952-02:00Reduzi<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span">Eu insisti muito. Na verdade pressuponho que fosse aceitável e entendível a qualquer um, que cruzasse meu espaço, e esbarrasse nas minhas pernas. Mas não era. Nem fácil, nem esbarrável. Meu tom, sumindo no meu som, aos poucos na minha mente. Meus fatos subindo aos poucos as escadas. Foi difícil. Doía e dolorido foi ficando, passando pra passado e futuro em um ar suspenso, impuro de quem se vê impossível, de encarar. Não é verdade que havia medo. Havia desespero. Desestrutura. Ansiedade e fome, antecedendo os fatos, recaptulando ações futuras. </span>É pra quem odeia e ama, em grandes proporções, nesta mesmíssima sequência. Pra quem vive, e vive sonhando com os pesadelos. Não permitiram café. Moda. Água. A sede afoita, o olhar vazio, um corpo imenso. Eu dividi esse entre-espaço em cinco partes: da negação, da tristeza, do desespero, do ódio, e por fim, do amor. Mas enfim hoje, 102 dias, 23 kg a menos, estampados na figura de pernas cruzadas, ao som de gargalhadas, e pratos quase vazios. Saúde, dos pés a cabeça, frente, verso e mente.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-48059565567126129782010-12-28T01:04:00.001-02:002010-12-28T01:05:39.822-02:00a crônica do primeiro encontro<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >E ele apareceu. Do lado de cá, o coração apitava quinze pras sete. Os olhos arregalaram, a boca se abriu lentamente, a mão gelou. Era ele, alto, negro, calmo, incrível, adorável como sempre. Desejado como no sonho. Ela passou os braços por cima da bolsa grande, que foi comprada da última vez, e naquele momento mais nada existiu. Nem pessoas, passos, música, nem data, clima ou as poesias. Só ele existia, afinal só ele insistia. Derrubou seus braços e seu corpo de encontro ao dele, e suspirou aliviada – e trêmula disse – até que enfim. No colo do seu abraço, as coisas e as cores voltaram ao sentido, as pessoas, os passos, a música, a data, o clima e principalmente as poesias, mas de volta ao real, ainda assim, naquele momento só ele existia, e ela cedia. Ele a abraçou uma vez, e duas, e ela sentiu seu cheiro uma vez, fechou os olhos, sentiu duas e desejou, que ali começasse um ciclo que ela já esperava. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Ele a convidou para almoçar, mas as pernas não acompanhavam o ritmo do resto do corpo, porque o corpo acompanhava o ritmo dos batimentos cardíacos que fora coordenado por um dos sambas ouvidos no caminho. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Um espaço, uma mesa, duas cadeiras, um almoço. Ele a flertava com os olhos, e pela primeira vez, ela não conseguia por em prática seu arriscado plano de encanta-lo e fugir depois. Seus olhos fitavam o próprio prato quase vazio, ela se concentrava para enxerga-lo da forma que seria mais fácil de aceitar – uma fraude, mais um engano. Seu coração deu um salto, ele a olhou profundamente, e naquele momento já não existia pra onde fugir ou como faze-lo. Era ali que ela queria estar, na frente dos olhos dele, estender seu braço, e tocar com a mão a sua mão, dizendo: estou aqui, eu te sinto, eu te toco, você me toca, e eu não sei como. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Mentira, porque ela sabia, no fundo sempre soube que essa fuga seria impossível. Existiam provas sem contradições, era nato, forte e o pior de tudo, leve. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Uma hora, duas, a conversa fluía solta, ela nem sentia, e mal podia esperar de novo seu corpo em contato com o dele, sua boca finalmente beijando a dele. Eles saíram, sentaram-se, e mais conversa - pareciam mesmo viciados em palavras, gestos, discursos. Ela já não suportava mais, nem ele, então de forma natural, carinhosa, e adorável, o primeiro beijo, o primeiro que parecia ser um de tantos outros mil beijos dados, durante toda uma vida. Foi estranho, ao mesmo tempo, que novo, foi incrivelmente natural. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Ela já conhecia aquele beijo, era o mesmo dos desejos e idealização acometidas durantes os últimos dois anos e tantos meses. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >O susto tomou conta, o medo enraizava nas suas veias. Não era mentira e ele, não era uma fraude. Adeus a ideia de idealização. Ele estava ali, a poesia personificada, uma ideia de carne, osso, caras e cor. Ele acabara de receber o posto, do único tipo de homem no mundo, que receberia seu total respeito. Ele existia, e insistia em existir. E ela já não tinha como não ceder. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Três horas. Quatro. Aquele dia acabaria, ele ficaria por ali, ela entraria no carro e voltaria pra casa. Começou a doer, apertar, uma dor desconhecida, forte, com um tônus diferente. Não sabia que nome dar, nem qual dos analgésicos pegar na bolsa. Não tinha sentido aquilo antes, talvez fosse problema das 6 xícaras de café que tomou durante o dia pra manter o equilíbrio, mas não era, era mais, era a presença dele ficando, e deixando lugar pra saudade que já fazia parte daquele encontro. Não tinha remédio, teria de suportar aquele tipo de dor. Aquele vazio que ficou espaço ao seu lado, que já parecia ter nome, sobrenome e CPF.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >O relógio dizia 17h. Hora de levantar, interromper beijos, abraços e calor. Caminharam até a porta. Os corpos um na frente do outro, os olhos um na frente do outro, o sonho, o medo, a vontade, a angústia, o vazio, a esperança, um na frente do outro, respectivamente nessa ordem. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Um olhar cheio de sentimento. Um toque leve no braço, o perfume, o gosto, o cheiro, os sonhos. Os lábios. – Não me despeço, digo até logo. Não se despeça, não temos que nos despedir mais, ela disse em voz baixa, dessa vez sem vigor na voz que sempre era posta. </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span">Ela voltou pra casa, arrumou as malas e vai mudar de vida, dessa vez tem mais coisa na bagagem, e mais companhia na viagem. Com tantas crônicas pra contar tantos finais, ela espera conseguir escrever um livro, de tantos primeiros encontros com uma pessoa só.</span><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;mso-bidi-font-family:Calibri; mso-bidi-theme-font:minor-latin"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"><br /></span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-66341384682847701442010-11-21T14:22:00.003-02:002010-11-21T14:24:58.179-02:00do vício que é dela.<span class="Apple-style-span" >E ela analisava tudo como</span><div><span class="Apple-style-span" >se tudo movesse à golpes</span></div><div><span class="Apple-style-span" >das asas de uma borboleta.</span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" >A borboleta então parou.</span></div><div><span class="Apple-style-span" >...</span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" >Ela queria que a coisa virasse palavra.</span></div><div><span class="Apple-style-span" >É que ela é viciada em frases perfeitas,</span></div><div><span class="Apple-style-span" >sentimentos sinceros e problemas reais.</span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-41353451863907562452010-11-17T00:52:00.000-02:002010-11-17T00:54:27.088-02:00E essa ordem preguiçosa e natural das coisas<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Hoje eu não sei o que quero. Se vou para um lado, para outro, se paro intacta, sem piscar, sem respirar, sem sentir. Se apago, registro. Eu acordo e ligo. Hoje, eu vou ficar por aqui, me entorpecer dessa solidão descabida, mal resolvida, dessa mágoa fadada a tanta nostalgia. Vou ao fundo, chegarei lá e respirarei merda. Isso! Merda! Que merda! Vou, e vou voltar. Estou ácida, muita ácida. Hoje eu não sei o que leio. Teus despejos ou meus enganos. Quero ler na entrelinhas de frases sem espaços entre as palavras. Chega de espaço, chega de intervalos. Chega dessa mansidão da ordem natural que vem das coisas. Eu apresso essa natureza preguiçosa, que insiste em ficar pra próxima. Diz logo, põe um ponto final e tome num gole só, essas tuas reticências, que prometo, que juro, que mato minha exclamação. Desisto. Lhe apresento meu maior ato de coragem - virar a rua, ir pra casa e seguir a viagem. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-30681469988090080742010-11-16T02:05:00.001-02:002010-11-16T02:08:32.379-02:00se, me, não<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" >Nem conselhos, nem ideais. Chega desse lixo externo. Chega desses entulhos. Desses teus, desses meus. Chega de tudo. De tudo que foi e não tem força pra continuar sendo. De tudo que foi e agoniza terminando no que é. As flores sem perfumes, sangue sem visco. Vontade, idade, tempo passando, chuva caindo, tudo tão branco. Me canso, me canso tanto!! E aquele tempo, tudo tinha sua graça, seus rumores e sentidos que ficavam presos nos perfumes. As coisas por aqui, mudaram, claro que mudaram. Meus textos perderam os finais, e no final das contas acabaram perdendo o começo, o meio o fim. Talvez tenham sido as fantasias que tenham tomado conta das roupas jogadas pela casa, talvez tenha sido a música que parou de tocar, ou dos fragmentos desacordados, dos meus desejos embrulhados. Se te analiso com os olhos, não te enxergo. Se te enxergo, eu evito. Porque não entrar por um caminho sem voltas? Porque não encontrar saídas rápidas. Enchi das saídas à francesa. Enchi, desse delírio. Me reformo, de corpo, alma e vísceras. Ou pega fogo, ou pega bem, ou não pega. Ou toca, ou não toca. Não me toca. Me queime. Não me olhe. Não me entenda. Me surpreenda. Me telefone. Deixa, que o número eu apago depois.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-26943310249865555342010-11-16T02:03:00.001-02:002010-11-16T02:04:31.826-02:00eu por eu. incompleto.<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Sou cheia de confrontos. Internos e também externos. Tenho cúmulos, exageros e palavras. Tenho manias insondáveis e desejos inflamáveis. Morro de medo de faca, lagartixa e de covardia. Odeio gente morna. Nunca fumei maconha. Odeio gente careta. Não tolero preconceitos, sobretudo os ideológicos e raciais. Não tenho saco para amigos agitados. Acho uma derrota, os viciados, seja o vício lícito ou ilícito, tátil ou sentimental. Não gosto de me sentir vulnerável. Fujo de paixões. No momento, eu cedo, mesmo que aqui, sempre amanheça tarde. Sim. Logo depois das seis.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span" >Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-11509234962866406972010-08-04T22:27:00.003-03:002010-08-04T22:42:59.209-03:00Agosto, com gosto.<div align="justify"><span style="font-family:arial;">"Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro, e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras </span><span style="font-family:arial;">lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente: Ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo em frente!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir,dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições. Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antônio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por Ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancun ou Miami, ao gosto do freguês.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:arial;">Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados. Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques, tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja,</span> <span style="font-family:arial;">bruto e seco."</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;">Caio F.</span></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-63952380663744445282010-07-19T00:59:00.001-03:002010-07-19T01:01:09.795-03:00*02/07/2010 – † 18/07/2010<span style="font-family:arial;">Como começou, terminou. Pingos nos “is”, pontos finais, vírgulas e o fim.<br />Página virada. Carta marcada, e os próximos capítulos.<br />Preciso de tempo. Preciso de ar. Preciso de arte.<br />Concentração, na ação, para os próximos capítulos: fôlego e paciência.<br />Nem é pra pedir calma, nem cama, mas muita sapiência.<br />Palavras cruzadas e pés descalços, sigamos para as próximas páginas.<br />Literatura, exames, arte, cortes, leitura, adaptação. 2 meses: recomeço.</span><br /><span style="font-family:arial;">Eles abrem, eles fecham, eles começam e se encerram, menos um ciclo ou mais um.<br /><em>So, let’s go, ...</em></span><br /><em><span style="font-family:Arial;">.</span></em><br /><span style="font-family:Arial;">Claudilene Neves</span>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-77967410313629976642010-07-16T01:24:00.000-03:002010-07-16T01:25:28.315-03:00indisposição *<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Eu te contei. Falei no passado sobre as hipóteses de que essas teses seriam falsas. Quantas faltas! Penso que, logo quando esqueço do começo da história era a hora de terminar. Terminar com essas feridas, com esses textos lúdicos dedicados a tantos vocês, e tantos seus que na verdade esperam por um nome, um RG e um e-mail. Acho mesmo é que eu deveria parar no meio, já teria o início, evitaria o final. Porque não rasgar, os poemas, lavar as prosas, desperdiçar tantos eufemismos bruscos das últimas 360 horas que aconteceram? Não estou disposta, não estou exposta, não quero estar.</span> </div><div align="justify">.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><em>Claudilene Neves</em></span></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-33473924253400266542010-07-12T17:55:00.000-03:002010-07-12T17:56:34.759-03:00(*) da vontade, que nunca passa.<p align="justify"><span style="font-family:arial;">E já passa das cinco lá fora, passa do ponto, da ponta e do conto. O frio já esquenta, o inverno corre apressado pro setembro. Tudo que tenho, esqueço, e transformo nesse meio tempo: nada tão figurado como o passado, nada tão cênico como o presente. É doce e amargo, frio e quente. E eu te confio como quem não te conhece, e sonho como se fosse possível. Rastejo. Não planejo. Subverto. Na palavra, os instantes. Eu ainda prefiro nas entrelinhas. Há tantos pensamentos e “eus” misturados nesses nós, que já nem me convencem mais. Não te tenho, nem te perco, retenho teus passos grudados no céu da boca, e te decoro como se fosse possível nunca mais sentir. Em cada passo - passo fome, passo frio, passo saudade, mas não passo vontade! E essa vontade, que nunca passa (...)</span> </p><p align="justify">.</p><p align="justify"><span style="font-family:arial;">Claudilene Neves</span></p>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-32610776401732774622010-07-10T19:31:00.001-03:002010-07-10T19:33:19.513-03:00Intensité.<span style="font-family:arial;">Mas se o amanhã surgir, te tenho aqui, bem ontem. Porque aprendi a ser passado, presente e futuro... contando com a incerteza de que nossos se cruzariam. sou um jogo de palavras, entre tempos e espaços criados. a vida em prece, em passos, em pressa. a vida em códigos, cifras de saudades e enigmas decifrados. Mas... se o amanhã surgir... sou presente, teu passado, nosso futuro.</span><br /><span style="font-family:Arial;">.</span><br /><span style="font-family:Arial;">Débora Andrade</span>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-41413281213806589262010-06-29T22:43:00.001-03:002010-06-29T22:47:35.266-03:00e)xtremo(s<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Eu disse logo no início: escrevo nos extremos, pego as pontas, colo uma na outra e faço um ponto. É verdade, e hoje confesso, não sei viver de equilíbrios e nem de instantes. Não gosto de água morna, tempo ameno, café na metade da xícara, risadas contidas, sentimentos pela metade. Tudo é assim, intenso, profundo, é, ... intenso. Gosto do toque na pele, do olhar direto, de dores fortes, de silêncio profundo, do teu texto exagerado, gosto do teu sorriso, e do teu afeto que me afeta tanto. É verdade, que já não sei viver só de extremos, que prefiro agora tempos amenos, café na metade da xícara, que não tolero dores tão fortes, mas não suporto sentimentos pela metade. Meta de alguma coisa parada, olhar figurado, vontade demasiada, encontros as 21h, com regresso depois que a prosa acaba. Pra mim a prosa, nunca acaba. Gosto do jeito exagerado de ser humano, e essa paixão pelas coisas do inferno, e do céu, odeio o meio dia, ou se é dia ou noite, eu sinto dia e noite, extremos, só se estiverem em extremos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;">.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;">Claudilene Neves</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-24150854976679079032010-06-28T17:22:00.003-03:002010-06-28T17:27:34.473-03:00Sei que sim, ...<div align="left"><span style="font-family:arial;color:#333333;"><em>_</em></span></div><div align="left"><span style="font-family:arial;color:#333333;"><em></em></span></div><div align="left"><span style="font-family:arial;color:#333333;"><em>Para você ouvir seu próprio silêncio, </em></span></div><div align="left"><span style="font-family:arial;color:#333333;"><em>no grito das minhas palavras.</em></span></div><div align="left"><em><span style="font-family:Arial;color:#333333;">_</span></em><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#000000;">Agora enquanto te pensava, deixava que a água caísse sobre meu corpo e fazia de conta que eram teus dedos. Aqueles dedos finos, claros e macios que muitas vezes displicentes sobre minha pele... brincavam. Uma brincadeira não convencional de quem quer seduzir, só tocar pra dizer no silêncio que não se traduz :"eu em você". Lembrava todas as lembranças que não são possíveis esquecer, desses olhos claros de um mel ácido quando se enraivece de tristeza da própria indecisão. Sentia, enquanto as gotas caíam, a tua existência, nessa ausência que se pronuncia presença, nesse vai e vem das horas roubadas do silêncio, que me chegam na claridade da noite, quando o vento toca isso que se apresenta como eu, em palavras tuas distantes, silêncio em pensamento que me busca e por buscar-me sem que se torne visível pensa que não vejo. Eu vejo, além dessa estrutura incipiente, nesse silêncio que envolve o espaço que me circunda, tua voz que não precisa ser som, porque antes de tudo é silêncio a falar de nós, ainda que lutes contra, porque é próprio do teu ser temer, temer a singularidade , esse silêncio que fala de "eu te amo" sem nunca dizer na materialidade das palavras tão gastas. Sei que simFalas a mim, e eu escuto... então... sai desse marasmo e para de bater na mesa no grito das folhas pra que eu te note, impossível não te ver. Lê meu silêncio nesse sentido de dizer o que você sempre soube e nunca quis acreditarmas que é real, no real da língua, discurso de amor imortal.</span></div><div align="justify">. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .</div><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#333333;"><em><strong>de, CLoe (27 de junho, 2010)</strong></em></span></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-13257627243596409392010-06-24T23:20:00.002-03:002010-06-24T23:25:05.036-03:00e eu te diria tudo isso, meu bem<div align="justify"><span style="font-family:arial;">E eu queria te contar, que sinto falta do doce e do amargo, do vento gelado e macio, que sinto falta da poesia, da volta repentina, do livro esquecido no carro, que sinto falta de tomar café com você. </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Queria até mesmo te contar como era bom as indecisões e a falta de tempo, mesmo quando o relógio parado apitava, quinze pras sete. Eu sinto falta da falta, do cheiro, do gosto, sinto falta dos beijos e abraços, teu e deles, sinto falta de não sentir falta de nada e depois sentir que faltava tudo.<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Gostaria de escrever, contar os retratos aos pontos, e tudo que me aconteceu nos últimos dias, queria te falar que foi tudo uma grande besteira que não merecíamos tudo isso, mas que por fim estamos cá, sós laçados em mais de vinte e quatro nós. </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Queria dizer que sinto falta de dormir com angústia e acordar com aquele sorrisão na cara, de ligar perguntando como que refogo o arroz e como me afogo em lágrimas debaixo do chuveiro.<br />Sinto falta da falta de nada sentir. Sinto falta de todos, do tempo, dos momentos e até de mim mesma.<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Queria poder te encontrar, resumido numa página da internet, e tocar tua foto sentindo tua pele, queria poder passar para a próxima página e sentir o cheiro dos seus cabelos, gostaria de destruir tudo aquilo, mas guardei tudo dentro de um pote impressionista dos meus sentimentos mais devassos. </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Eu poderia tocar e chocar, revirar a gaveta e roubar teus segredos e chocolates, eu poderia esquecer ou reflorescer teus sorrisos e sentidos.<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mas não vou destruir, muito menos parar de tomar café não lembrando de você, tudo bem que não seja teu resumo numa página da internet, mas o que tenho de teus insumos e momentos ninguém tira do meu HD interno. </span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Tenho os momentos doces, amargos e esses que restaram ácidos de acetil, de salicílico, e hemofílicos.<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Guardo, resguardo, relembro, guardo de novo. Ninguém tira, ninguém rouba. Vento que toca o rosto fica preso na alma, meu bem!</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Claudilene Neves</span></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-759768591582435662.post-14767577271581627192010-06-23T10:50:00.000-03:002010-06-23T10:51:39.857-03:00"(...)"<div align="justify"><span style="font-family:arial;"><em>"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"><em></em></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"><em></em></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"><em>Caio F.</em></span></div>A toca do coelhohttp://www.blogger.com/profile/17774765967277132818noreply@blogger.com0